Declarados foram os programas partidários há uns tempos, e desse modo declaradas foram as patifarias que uns e outros pretendem fazer. No meio desta azáfama terrível que é fazer propaganda eleitoral (almoços, jantares e tintol, a chamada vida difícil...), qualquer um dos candidatos apresenta alarvidades dignas de receberem pedrada em cima...
O exemplo perfeito desta tese é aquilo que a Ferreira Leite entende como estratégia eleitoral. Recordo-me perfeitamente de uma entrevista com a Judite de Sousa em que, numa hora de conversa com ela, para além de nos termos apercebido que sabe beber copos de água, também nos apercebemos o quão ridicula é a sua proposta. Mas cabe na cabeça de alguém ela ir a uma entrevista (o intuito que eu saiba é fazer propaganda neste tipo de coisas maaas...) e a unica coisa que ela diz de concreto é que vai ver o que pode fazer quando lá estiver, promessas não faz...
Ao que parece não pretende (esperem lá, entre pretender fazer e efectivamente fazer a distância por vezes é mínima, recordando o Sócrates hmm) aumentar os impostos. Estamos safos! Ah, espera aí, os impostos estão no nível mais alto de sempre, se não aumenta, isto traduz-se num 'vá lá, ao menos isso''...
-------------------------------------------------------------------------------------------------
Há dias a Sic transmitiu um novo programa que pelo conteudo aparentava ser uma forma de persuasão para nos ajudar a decidir quem ganha as eleições. Pois é, foi uma persuasão a modos que fraquinha. O que acontecia nesse programa? Demonstravam um pouco da vida privada de cada um dos secretários gerais dos partidos. Como se a gente escolhesse por identificar o candidato por uma questão de aparência, simpatia ou labreguice... Não entendo como podem achar relevante para o país uma pessoa votar no PCP apenas porque o Jerónimo de Sousa tem sido um avô exemplar, porque o Louçã tem uma filha que anda a tirar/tirou mestrado, ou mesmo porque as piadas que o Sócrates gosta são aquelas que não têm piada...
-------------------------------------------------------------------------------------------------
Uma coisa é certa. A situação do país tal como está é claramente desfavorável, e se podemos culpar a crise, também podemos culpar mais gente, uma vez que na UE, somos sem duvidas um dos países em piores condições. Criou-se um individamento ridiculo em auto-estradas e mais auto-estradas; os impostos ao contrário do prometido, subiram, arrastando só por aí muitas famílias para ainda mais dificuldades. E um grande problema nisto tudo é que actualmente os partidos políticos apenas preferem dar mais ênfase a quem põem como eurodeputados, falando em 'grandes vitórias' e o caramba, e pouca importância dão ao que realmente está mal. Parece que hoje em dia ser político em portugal é saber falar bem em frente a jornalistas usando um conjunto de frases bonito para ver se deixa passar aquilo que não sabem como responder, isto somando aquela parte que é a vida boémia dos almoços e jantares com fartura...
Diz-se que o cérebro tem a capacidade de eliminar totalmente as más memórias ao longo do tempo, mas neste caso, elas que se mantenham mais tempo, e as pessoas apesar de tudo pensem duas vezes antes de votar em quem quer que seja...