quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Três tristes tretas

Soube-se recentemente que o governo foi para além do que estava contemplado nas medidas da troika. Se foi precaução ou não perante um novo agravamento da crise europeu, não se sabe. O que se sabe é que o que não consta no acordo vai de encontro às cada vez maiores queixas da população relativamente à diminuição das suas condições de bem estar e isso, feitas bem as contas, resulta em notícias divulgadas recentemente relativas à incapacidade das famílias portuguesas de pagar as contas.

Um grande cancro das economias, a meu ver, acaba por ser as agências de rating. Estas agências não servem minimamente os interesses do equilíbrio económico mundial, tratam-se de instituições que manipulam informação de acordo com as necessidades de países, para o benefício dos mesmos.

É compreensível por um lado, mas cria mais problemas por outro. O que pretendo dizer é que caso fizessem um papel justo existiria maior transparência e maior justiça, o que contribuíria supostamente para um menor nível de corrupção, o que de certa forma, é o que estas agências produzem, de uma forma manifestamente 'legal'...

Por último, e por norma até me tento abster de explorar este tema, mas apetece falar de futebol, mais concretamente, num clube que está a passar por um processo de 'belenenssização', ou seja, o Sporting. A maior crise sportinguista é não conseguirem aceitar que o clube não tem quaisquer condições para obter campeonatos.

Ao Sporting falta estrutura. Todos estes últimos anos o dinheiro investido traduziu-se em fiascos atrás de fiascos, e qualquer uma das presidências que passou por lá nada mudou, só atirou o clube cada vez mais para a sarjeta. Fala-se em investidores de vez em quando e que só eles safariam o clube da ruína. É verdade num sentido, mas por outro lado é de duvidar que algum queira investir no campeonato português, que tem receitas de bilheteira miseráveis quando comparadas com os campeonatos italiano, espanhol, inglês ou alemão, entre outros. Está claro que os três grandes, e num patamar menor o Braga e o Vitória de Guimarães levam mais gente ao estádio, mas não chega.

Com as actuais dívidas do sporting o melhor caminho seria todos os anos o investimento ser menor e adequar a equipa a competir para o terceiro lugar, como faz o Braga. Se traz menos gente ao estádio e o clube perde a identidade de outros tempos, a verdade é que já perdeu, só que desta vez se nada for feito e for investimentos elevados todos os anos, qualquer dia ao sporting acontece o mesmo que o Estrela de Amadora, pois receitas propriamente ditas, o clube não tem, e ninguém pode esperar por um novo Ronaldo a sair da academia todos os anos para ser vendido depois por uma pechincha ou acabar nos clubes rivais.

Dá que pensar, e é um problema cada vez maior quando se pensa que sem reforços a equipa não é competitiva e não cria feedback financeiro nenhum pois as pessoas deixam de ir ao estádio, se se investe e a equipa não confere qualidade uma vez mais acumula-se dívidas, para depois se ter de reinvestir, voltando a endividar mais, num ciclo sem fim, se nada for feito....

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Another one

Não sei se a pena é aquilo que mais se sente quando alguém decide pôr fim à vida, ou se será mais ainda revolta. Não é a primeira vez, não será a última. Não se consegue perceber bem porquê, mas no mundo da música há sempre quem abuse de drogas.

Uma causa explicativa para estes excessos poderia ser que no mundo actual há uma maior pressão das editoras para os músicos produzirem álbuns depois de um relativo/grande sucesso de um primeiro trabalho, mas se formos a ver por essa perspectiva a verdade é que muito músico já morreu devido a drogas quando ainda existia mais paixão e criatividade para produzir música do que nos dias de hoje, e portanto, por aí não se justifica.

É também certo que a fama e o dinheiro sobe à cabeça das pessoas e em muitos casos transforma-as. Mas como o ditado o diz, o dinheiro ajuda, mas não traz felicidade. Podemos pensar que certas drogas criam adrenalina e muito possivelmente ajuda no aspecto criativo dum músico, aliás, algumas letras de música escritas a pensar e/ou sob o efeito das drogas por vezes acabam por ser musicas que conseguiram obter enorme sucesso.

Neste campo creio ser um exemplo a música 'Little Wing', do Jimmy Hendrix. É das músicas que mais gosto, e gostando ou não, é considerada uma grande música de um grande interprete.

No caso da Whitney, há imensos semelhantes, e todos eles relativos a pessoas que contribuíram com alguma coisa para a música, sejam eles kurt kobain, janis joplin, Hendrix, Layne staley, ou passando por exemplos mais recentes como a Winehouse (que apesar de tudo produziu um álbum de muita qualidade, o que nos dias de hoje é realmente raro), ou a Whitney, que teve enorme fama no fim dos anos 80 e príncipios de 90....