terça-feira, 13 de novembro de 2012

Greve geral, um tombar descomunal


Hoje apeteceu-me escrever como há muito não me apetecia, embora dissesse que não isso voltaria a suceder. É sobre a greve geral que vai suceder na quarta-feira. Como se sabe, uma greve geral em termos práticos não resolve nada. Zero. Por acaso é por isso que o desemprego diminui? A produção do país aumenta de alguma forma? Não, e não. Se é legítimo as pessoas se queixarem do mal que os governos dos seus respectivos países produzem? É! Desta maneira, paralisação total? Não. Porquê? Porque no fundo, quem as financia são os contribuintes. Deviam ser pensadas melhores atitudes governamentais para combater as greves. As greves existem para o povo tentar persuadir os governantes a tentarem fazer melhor, e porque algo anda mal em milhares de famílias.

Hoje em dia a sobrevivência das PME's acaba por estar ainda mais em risco com as sucessivas greves que têm decorrido nos últimos anos. Somos um país, em boa medida, completamente falido com o que temos de acartar da troika e dos outros credores. As próprias empresas como medida preventiva agora têm muitas delas a hipótese, se não forem todas não sei bem mas ouvi dizer, de não pagar o dia que as pessoas fazem greve, o que de certo modo vai prejudicar aqueles que querem trabalhar e vêm-se a braços com uma paralisação total que, como se tem visto no caso dos transportes públicos, deixam de em alguns casos de poderem trabalhar.

O Estado, que invariavelmente possui uma capacidade de endividamento de grande potencial, também fica comprometido. Pode-se ver o caso da função pública que deteriora os serviços que podem ser prestados ainda mais. As greves também deverão se traduzir certamente em tiros nas especulações nas bolsas e nas taxas de juros da dívida externa, basta ver, como paralelismo, que a queda nas exportações nos últimos meses teve como consequência novas subidas de ratings de um possível incumprimento português. Algo que, de uma forma ou de outra, cria ainda maior instabilidade emocional nas pessoas.

Se a austeridade cura a crise? Não, já se percebeu isso, daí a revolta. Se devia existir uma lei como fazem em alguns países de prender políticos, banqueiros e outras entidades com peso financeiro no país devido a mau uso do poder? Certamente que sim. Trazia uma ainda maior responsabilidade às pessoas na classe política do país, e eliminava os verdadeiros abutres. Porque os há, e muitos. Até relativamente às pensões e salários, Portugal tem nos seus quadros, 132 generais (alguns fora dos ramos das forças armadas), quando pela lei, deviam ser 78 o máximo permitido. Estes 54 em excesso li que custam 3 milhões de euros anuais. Fora os que já se encontram reformados estão a receber. Mas depois a austeridade vai para quem? Para os do costume....

Por outras palavras, as greves não resultam em nada, há que estar no poder quem duma vez por todas 'limpe' toda as irregularidades do sistema, e é possível, porque se há países na Europa que ainda estão razoáveis depois de tombos enormes (a própria Alemanha reergueu-se depois da guerra mundial), então temos mais é que acreditar que é possível...