terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Borboletas no céu e estômago

Não sei se alguém aí desse lado costuma ver o desporto chamado saltos de esqui (deve haver um nome mais pomposo para isto). Não faço ideia do nome original daquilo, mas duma coisa tenho certeza: antes do salto, todos os esquiadores olham lá para baixo e pensam sinceramente se são malucos ou se simplesmente já viveram o suficiente...

Não consigo perceber. Nem como se treina aqueles saltos, nem como eles não se borram mais vezes enquanto saltam. Porque mijarem-se é um dado adquirido, convenhamos, eles têm o fato não por causa do frio, mas para quando se mijarem estarem mais quentinhos por dentro....

Se podemos pensar que é lógico o uso de roupa, de serem malucos, de se mijarem!...já não consigo entender o método de treino daquele suposto desporto...

É que aquilo são treinos de parte-pernas, mata-pombos e apanha-borboletas durante saltos. Na melhor das hipóteses, sobrevive-se...sem dentes.

Parece uma abordagem esquisita porque há quem sobreviva com dentes depois de um salto. Mas por vezes parece-me justo que possam existir esquiadores que se dediquem a, durante o salto, em queda livre para o 'inferno', batam os dentes de medo com tanta força que a dentadura não resista. E aqui, borrarem-se de medo até era considerado por eles próprios como uma atitude nobre e generosa da parte do seu próprio corpo, porque entre comprar uma dentadura nova ou meter as calças na máquina de lavar, é incomportável e assombrosa a diferença monetária entre uma e outra...